January
Janeiro é um mês de recomeços. Um novo ano pela frente, cheio de capÃtulos novinhos em folha para escrevermos.
Dependendo da forma como encaramos o passar do tempo, começar um novo ano, pode servir de desculpa e de motivação para fazermos mudanças na nossa vida.
Por vezes, mantemos o nosso "Eu" parado, como se estivesse em lume brando, à espera que as que coisas aconteçam.
Na maior parte das vezes, percamos a esperança, não acontecem, a menos que façamos por isso.
Não podemos continuar a repetir ciclos atrás de ciclos, à espera que, como por magia, aconteçam coisas fantásticas.
Na verdade, todos temos medo do desconhecido. Os processos de mudança, nunca são fáceis nem tão pouco lineares.
Tememos o que não conhecemos e todas as situações que possam sair do nosso controlo. Como perder o emprego, ser assaltado, ficar doente, perder alguém que amamos. Os exemplos aparecem quase em catadupa.
Esse medo, acaba por inibir a nossa ação, ou não fossem as zonas de conforto altamente confortáveis - passando a redundância.
Adicionado a isso, está a carga negativa que carregamos quando vamos buscar ao nosso passado momentos em que a mudança não deu certo, ou não foi positiva.
Nesse jogo de ping-pong entre o medo do futuro e o medo de falhanço eminente (resultante de más experiências passadas), a nossa tendência natural é rejeitar a mudança.
No entanto, a mudança é uma coisa inevitável. E o controlo é apenas uma ilusão.
O mundo, as pessoas, as situações vão mudando.
Tentando ou não preservar o nosso espaço pessoal, acabamos inevitavelmente por ser arrastados pela corrente da continuidade.
Não podemos continuar a resistir à mudança. Temos de seguir em frente, arriscar, melhorar e ir.
O truque é mesmo só esse. Deixarmo-nos ir. Mesmo que isso signifique irmos cheios de medos e dúvidas.
Mudar não significa somente tomarmos decisões radicais. Nada disso.
A mudança acontece nos detalhes. Na mudança de hábitos, na forma como direcionamos a nossa curiosidade, nos estimulamos a fazer coisas diferentes, nos propomos ao desafio.
A suavidade das pequenas mudanças, vai alargando aos poucos a nossa zona de conforto, fazendo com que as mesmas nos criem a sensação de que "afinal até é mais fácil do que parece". Oferecendo-nos ferramentas para lidarmos com a vida de uma forma diferente.
Quando já estamos no processo, acabamos por reconhecer que mudar nos pode trazer uma energia renovada, aliada à força e à confiança.
Não precisamos de um novo mês, ou de uma data certa para fazermos pequenas mudanças. Basta querermos.
Que 2019 nos traga muitas mudanças positivas a todos.
- Paulo
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