We feel what we smell
Somos/sentimos o que cheiramos.
É incrÃvel como os cheiros nos estão tão intrÃnsecos. A forma quase imediata com que nos lembram coisas, pessoas, lugares, momentos, dias de chuva, de sol.
A suavidade com que nos lembram a comida da nossa mãe, pessoas que já desapareceram - mas que carregamos (e carregaremos sempre!) na memória das nossas células, na nossa memória olfativa.
Um perfume que adoro, hoje acabou. Estava a poupá-lo, até à última gota. É difÃcil encontrá-lo, é um exclusivo do Barney´s de NY e vou ter de esperar até lá ir, ou pedir a alguma alma caridosa e simpática que faça o favor de comprar.
Já não sentia este cheiro há algum tempo, à s primeiras borrifadelas (neste caso e, ironicamente, as últimas!), senti-me a flutuar em memórias; é curioso como a nossa memória olfativa pode ser tão cheia de recantos "saborosos" do (nosso) passado. Vieram-me à memória dezenas de momentos fabulosos e irrepetÃveis! Sorrisos, lágrimas, encontros, desencontros, despedidas, surpresas, salpicos de muitas situações, únicas - atrevo-me a dizer.
O frasco vai para o lixo, não sou pessoa de guardar estes tipos de memórias fÃsicas, prefiro guardá-las no meu pensamento e, quando voltar a ter contato com este cheiro, vou dar-lhe uma nova interpretação (sem nunca esquecer as antigas).
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